domingo, 13 de novembro de 2011

Direção.

A direção do futuro é aquela para a qual aponta o medo. Siga-o, pois o medo não deve ser maior que o desejo de confrontá-lo. O medo é uma aliança no dedo daqueles que noivaram com o próprio destino, para o qual vitórias e derrotas não existem. Não há luta a ser ganha além daquela travada sem nosso consentimento, da qual só conhecemos o resultado: a escolha dos nossos desejos. Não escolhemos nossas escolhas, logo, não escolhemos enfrentar ou não o medo. O que nos diz respeito são as respostas que inventamos para justificar as escolhas que independem de nós. É pelo teor das respostas que intuimos termos enfrentado ou não o medo e atingido o futuro. Nosso livre-arbítrio é reativo. As tragédias gregas tratam exatamente disto, de como o herói não cansa de querer interpretar seu destino mesmo ciente de que fatalmente o cumprirá, ainda que já o conheça de antemão.

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